terça-feira, 22 de julho de 2014

Caso Daniela Perez.. Um crime brutal que chocou o Brasil em 28/12/1992. Esta foto foi a última que a vítima Daniela Perez tirou antes de ser executada cruelmente. Pelo material que tive acesso referente as partes dos laudos periciais e imagens, cheguei a conclusão de que realmente a arma utilizada não foi uma tesoura, mesmo que aberta, de acordo com a afirmação do acusado, em depoimento disse que a arma utilizada teria sido uma tesoura, entretanto, foi um instrumento perfurocortante de dois gumes tendo em vista a formação de ângulos agudos nas extremidades das lesões. Todavia, quem periciou o corpo no IML do RJ tem mais elementos para definir o instrumento, as vezes, algum detalhe pode mudar o tipo de instrumento, por exemplo, não consegui verificar pelas fotos a presença de cauda de escoriação, que se estivesse presente, indicaria também a possibilidade do instrumento ser perfurocortante , porém de um gume só, acontece que pelas fotos, não é possível ver os detalhes da morfologia das lesões, o que no geral apresenta pela forma das perfurações é de que os ângulos informam que trata-se de instrumento perfurocortante de dois gumes, neste caso não acho prudente afirmar com certeza que tenha sido um punhal, pode ter sido sim, entretanto, pode ser outro instrumento de dois gumes também. Quanto a equimose aparentemente situada na região da margem supra-orbital direita, apresenta características de que tenha sido realmente produzida no dia do crime,pois, a cor estava bem avermelhada de acordo com a foto e levando em consideração o espectro equimótico de Legrand du Saule mesmo utilizando os extremos é possível afirmar que a lesão foi produzida em vida e não descartando a hipótese de ter sido no mesmo dia ou até um pouco antes da morte, me parece bem nítido nesse aspecto os sinais de reação vital decorrentes da infiltração hemorrágica, dizer que foi há mais tempo do que isso, pela foto que vi pela internet, não corresponde a aparência da lesão. Em relação a motivação muitas testemunhas foram ouvidas, outras não, mas pelo conjunto de depoimentos e reportagens da época é possível tirar algumas conclusões relacionadas a motivação, vale lembrar, que no presente caso uma testemunha foi decisiva para que a polícia no dia seguinte chegasse aos autores. O interrogatório dos acusados na época foi bem contraditório em relação ao conteúdo probatório apresentado.

Foto: Caso Daniela Perez.. Um crime brutal que chocou o Brasil em 28/12/1992. Esta foto foi a última que a vítima Daniela Perez tirou  antes de ser executada cruelmente. Pelo material que tive acesso referente a partes dos laudos periciais e imagens, cheguei a conclusão de que realmente a arma utilizada não foi uma tesoura, mesmo que aberta, de acordo com a afirmação do acusado, em depoimento disse que a arma utilizada teria sido uma tesoura, entretanto, foi um instrumento perfurocortante de dois gumes tendo em vista a formação de ângulos agudos nas extremidades das lesões. Todavia, quem periciou o corpo no IML do RJ tem mais elementos para definir o instrumento, as vezes, algum detalhe pode mudar o tipo de instrumento, por exemplo, não consegui verificar pelas fotos a presença de cauda de escoriação, que se estivesse presente, indicaria também a possibilidade do instrumento ser perfurocortante , porém de um gume só, acontece que pelas fotos, não é possível ver os detalhes da morfologia das lesões, o que no geral apresenta pela forma das perfurações é de que os ângulos informam que trata-se de instrumento perfurocortante de dois gumes, neste caso não acho prudente afirmar com certeza que tenha sido um punhal, pode ter sido sim, entretanto, pode ser outro instrumento de dois gumes também. Quanto a equimose aparentemente situada na região da margem supra-orbital direita, apresenta características de que tenha sido realmente produzida no dia do crime,pois, a cor estava bem avermelhada de acordo com a foto e levando em consideração o espectro equimótico de Legrand du Saule mesmo utilizando os extremos é possível afirmar que a lesão foi produzida em vida e não descartando a hipótese de ter sido no mesmo dia ou até um pouco antes da morte, me parece bem nítido nesse aspecto os sinais de reação vital decorrentes da infiltração hemorrágica,  dizer que foi há mais tempo do que isso, pela foto que vi pela internet, não corresponde a aparência da lesão. Em relação a motivação muitas testemunhas foram ouvidas, outras não, mas pelo conjunto de depoimentos e reportagens da época é possível tirar algumas conclusões relacionadas a motivação, vale lembrar, que no presente caso uma testemunha foi decisiva para que a polícia no dia seguinte chegasse aos autores. O interrogatório dos acusados na época foi bem contraditório em relação ao conteúdo probatório apresentado.